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domingo, 31 de maio de 2015

Carimbó

Eu durmo enquanto ele escreve coisas que eu não entendo.
Eu acordo ele me olha com olhos pequenos.
Eu levanto e ele diz que estava ansioso pra me ver.
Há uma histeria qualquer pelo ar que conhece quem se permite ao amor. Que esta livre, que circula e escolhe estar. 

sábado, 23 de maio de 2015

são gotas


Ando amando de mais. Não se pode amar assim, dizem.

Sonhei que entrava no oceano e bebia o mar, inteiro, em goles de deserto.

Ontem bebi um copo de açúcar salgado.

Ganhei um beijo de quem quer ficar, mas brigou-se a ir embora. Juro, beijaram meu querer e eu quis e quando quis acabou que eu me dei, agora meus pecados estão com você.

Hoje eu choro lágrimas doces de muito a-mar.

terça-feira, 12 de maio de 2015

A menina acorda e abre pequenas frestas nos olhos,  escorrem os desejos. Veste sua coragem, engole auto-estima. Sua forma penetra o mundo ou é o mundo que a penetra? cumprimenta. Vai um pouco, p o u c o a  p o u c o, entregado seus tesouros. Sua bondade ao porteiro, sua paciência a sua tia, o amor há um menino, mistério a um desconhecido a vontade a um par de calças fé às latas de lixos reviradas  talento a quem melhor paga risadas aos interessados moedas aos pedintes tempo à quem não merece...
 o sol se poe a lua feminina vem. ouve. São os ecos do vazio.



E nenhum telefonema que lhe pergunte :como foi seu dia?