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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

insignificantes


Era noite recém chegada de uma quinta feira escaldante. Não tinha quase ninguém no posto policial. Girei meus lápis num apontador velho...maldito apontador velho... Limpei dos meus dedos os vestígios de grafite causados pela incompetência do apontador na blusa. Tenho certeza que quando eu chegar em casa a Lara vai reclamar das marcas... vai dizer “Você faz de propósito, da próxima vez você que vai esfregar essa droga!”. Preciso comprar uma maquina de lavar... Melhor que ouvir grito de mulher... ou devia comprar uma mulher nova...sei lá...maquina não engorda...queria mesmo era um apontador novo. Nove e meia. Um homem angustiado chega e corre até minha mesa. Ele esta completamente pálido, me lembra um cadáver, também me lembra que ontem me olhei no espelho e tive essa mesma impressão vendo meu próprio rosto que não vai a praia ha 2 anos, preciso de férias. Voltei ao homem, respirando com dificuldade ele colocou a mão no peito e com a voz tremula relatou:
- Roubaram meu tempo!

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